Busca orgânica

Marcelo já tinha desanimado de todas as suas tentativas de encontrar o grande amor.

Começara nos tempo de escola, e tivera uma namorada atrás da outra. Algumas vezes foi feliz, outras não.

Mas nenhuma delas tinha feito muita diferença na sua vida. Ele não desistiu.

Conheceu mulheres bonitas. Mulheres brilhantes. Mulheres que o fascinavam e o seduziam.

Mas ainda assim, apenas alegrias passageiras.

Quando não acreditava mais que acharia, alguém brincou que ele deveria fazer uma busca no Google.

Ele riu sem graça. Mas, quando chegou em casa naquela noite, resolveu arriscar.

Colocou na linha de consulta todos os predicados que buscava.

Ao contrário dos milhares de resultados que a ferramenta costumava dar, só veio um.

E não era um link, mas um nome e um telefone. Ele vacilou um pouco, mas ligou.

Era ela. Pela forma de atender o telefone, ele já sentiu um arrepio que nunca sentira antes.

Conheceram-se, já apaixonados. Descobriram que já se amavam, antes mesmo de saber quem era o outro.

Ela abriu todas as sua páginas. Ele navegou nas suas veias. Era o único link da sua vida.

Ele registrou o domínio pela eternidade e, para não ter nenhum risco, por mais 50 milhões de anos.

Comentários

Bel disse…
Acho que meu caso de amor com MArido foi mais ou menos assim... hahahah Ele me achou no blog!

PS- Viajo hj à noite, a cirurgia de Mamis é amanhã, às 10h. Keep praying, please!
Você escreve essas coisas bonitas e eu fico aqui "viajando" na maionese rs

beijos
Simplesmeste lindo, adorei. Em tempo de navegação, nada como um romance cibernético. Na ficção é claro.
Abraço da Ana Mello.
Raquel disse…
Ah! Eu vou fazer isso agora!!!Agora mesmo...estou sentindo o meu pulso voltar...tenho que tentar a última cartada...
Elis Zampieri disse…
Antigamente era São Pedro, hoje é São Google. :-)

Bjos

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